Criando valor com o seu Marketing de Conteúdo 1/6

Guia completo sobre Marketing de Conteúdo

Antes de iniciar e aplicar sua estratégia de marketing de conteúdo, vamos começar pelo conceito básico: marketing de conteúdo é todo tipo de comunicação de valor que pretende posicionar uma pessoa/marca/empresa/organização como referência no mercado em determinado assunto ou segmento; atraindo, organicamente ou não, um público específico interessado em seus conhecimentos.

Destaca-se que este é o primeiro artigo de uma sequência destinada a quem deseja construir uma estratégia sólida de conteúdos, consistente e adequada à linguagem da sua marca e à comunicação com a sua persona. Mesmo que já esteja familiarizado(a) com o conceito de marketing de conteúdo, recomendo que continue neste artigo a fim de alinharmos nossos conhecimentos sobre o tema.

A estratégia deste tipo de comunicação pode envolver a produção de artigos para blog; vídeos no Youtube ou em outras plataformas; podcasts; webinários; e-books; infográficos; e-mails; interação em grupos de WhatsApp, Telegram e outros; atuação em redes sociais; dentre tantas possibilidades.

Em resumo: qualquer ação comunicacional que faça parte de uma estratégia de educação do potencial cliente quanto a um problema, dúvida ou dor a ser resolvida, faz parte do marketing de conteúdo. Por outro lado, ações comunicacionais vinculadas diretamente à venda de produtos ou serviços, não fazem parte do marketing de conteúdo.

Desse modo, ressalta-se que o marketing de conteúdo independe da conversão. Ele, por si só, possui a missão de gerar valor. Agindo dessa forma, ele terá o potencial de aumentar a exposição da marca em todos os canais em que ela esteja presente, de atrair seguidores para a sua comunicação e de aumentar o engajamento desses seguidores/visitantes com a marca. 

Por consequência, é claro, a oferta constante de conteúdo de valor aumentará as chances de fechamento de negócios com a sua audiência, tendo em vista, especialmente, o gatilho de reciprocidade

“Essa marca já contribuiu tanto com o meu dia a dia, já tirou tantas dúvidas minhas e me ajudou tanto que preciso me tornar um cliente dela”, é o que o seu potencial cliente certamente pensará ao desejar sua solução.   

Não é sobre falar do seu produto ou serviço. É sobre se conectar com as necessidades da sua persona

Uma pequena parcela do seu público busca hoje pela sua solução. A maioria dele, no entanto, nunca cogitou fechar negócio com você. E este deve ser o seu principal pensamento para reduzir e aprimorar os discursos meramente de venda.

Pense assim: o cliente que já busca pela sua solução, está percorrendo uma jornada curta, rápida e objetiva. Ele compara preços, benefícios exclusivos, dentre outras comodidades. Nesta etapa, caso você não tenha desenvolvido um relacionamento prévio com esse consumidor, sua marca está entregue à sorte. O consumidor pode escolher a você, ou a outra empresa indicada por um amigo. Pode achar o preço mais barato. Pode escolher de forma intuitiva ou impulsiva. Enfim, seu processo de escolha pode nem dá chance à sua marca de argumentar.

Agora, quando se fala de potenciais clientes ainda inconscientes da sua solução, as possibilidades são inúmeras. Embora esse público não esteja procurando pela sua marca, você sabe que ele possui as dores e problemas comuns da sua persona. Partindo desse princípio, basta que se conecte com essas dificuldades e que produza conteúdos direcionados a facilitar a vida dessa persona.

Se ainda não sabe exatamente o que é uma persona, guarde esta dúvida por enquanto. No próximo artigo, entrarei nesta definição.

Por hora, fixe isto: não é sobre falar do seu produto ou serviço. É sobre expor problemas e dificuldades que a sua solução, em algum momento, pode resolver. É sobre expor a sua contribuição para o mundo.

Em determinados momentos, claro, você irá citar seu produto ou serviço como solução vantajosa. Mas isso deve ser feito somente depois de trazer à luz dúvidas mais básicas acerca do contexto em questão. É o que chamamos de jornada de compra — o caminho supostamente percorrido pela persona antes de conhecer sua solução e ter interesse em consumi-la. Veremos melhor esse conceito de jornada de compra no próximo conteúdo também.

Leia também:

Como identificar a dor da persona?

Marketing de conteúdo não é discurso de venda

Uma vez que a premissa de ofertar conteúdo de relevância para a sua audiência não faz parte do discurso, fala-se de um discurso meramente de vendas. Não há entrega de valor. Não há ganhos, em termos de conhecimento, para a audiência impactada. O único objetivo daquela comunicação é a venda.

Portanto, lembre-se disto antes de dizer que faz marketing de conteúdo: só existe marketing de conteúdo quando existe entrega de valor!

Marketing de conteúdo x Inbound Marketing

Se você está por aqui, é provável que já saiba o que é inbound marketing e que já o utilize como ferramenta principal do marketing digital.

Pois bem, o marketing de conteúdo é o que podemos chamar de coração do inbound marketing. Isso porque não existe inbound sem conteúdo. O inverso, no entanto, pode acontecer.

Portanto, se a sua produção de conteúdo não faz parte de uma estratégia macro que tem por intuito gerar a conversão e o relacionamento com usuários que acessaram os seus conteúdos, pode se tratar de uma ação isolada de marketing de conteúdo.

Por inbound marketing, entende-se marketing de atração (na tradução livre). E o marketing de conteúdo, dentro dessa estratégia, é responsável por:

  • atrair visitantes;
  • convertê-los em leads (dados na sua base);
  • qualificá-los como potenciais clientes ou não.

Em seguida, para a venda de fato, entra o formato de comunicação comercial, em que já não se pretende entregar, necessariamente, valor quanto às dores da persona; mas destacar as vantagens do produto/serviço em questão, falar sobre formas de pagamento etc.

Materiais impressos e outros conteúdos off-line podem ser considerados marketing de conteúdo?

Retornando ao conceito base: marketing de conteúdo é todo tipo de comunicação de valor que pretende posicionar uma pessoa/marca/empresa/organização como referência no mercado em determinado assunto ou segmento; atraindo, organicamente ou não, um público específico interessado em seus conhecimentos.

Portanto, sim! Materiais impressos, como revistas, e outros conteúdos off-line, quando visam a entrega de conteúdo de valor para o seu público definido, estão fortalecendo a autoridade da sua marca e abrindo a possibilidade de um vínculo mais próximo com a sua persona.

No mundo digital em que vivemos, no entanto, recomendo sempre a integração entre o off-line e o on-line. Portanto, em todas as suas comunicações off-line, inclua o endereço do seu site, das suas redes sociais e de todos os canais on-line em que sua marca tenha presença ativa. Utilize o QR Code para levar o seu leitor diretamente a um link de interesse, especialmente quando o objetivo for a conversão, dentre outras possibilidades. 

Quer começar? Defina seu propósito! 

Primeiro, reflita: por que você quer produzir conteúdo? O que você tem a compartilhar que se distinguiria de tanto conteúdo pela internet? Como você pode contribuir com o dia a dia da sua persona hoje? Como gosto de provocar: o que você tem a dizer?

Não quero desmotivar ninguém aqui, mas é fundamental pensar na relevância da sua comunicação!

Comunicar por comunicar ou fingir a entrega de valor pode ser uma tremenda perda de tempo (para a sua marca e para os que te acompanham), e muito contraprodutivo para uma construção de autoridade a longo prazo.

Sempre há uma forma nova de contar uma história; um jeito diferente para explicar determinado assunto. Nesse ponto, não adie seu posicionamento pelo fato de ter muita gente falando o mesmo assunto. Há um conjunto de fatores que qualifica um conteúdo como bom e isso é muito adaptado conforme a pessoa impactada pela comunicação.

Portanto, qual a melhor forma de se comunicar com a sua persona? Fique com essa pergunta em mente e vamos avançar ao próximo artigo.

Continue sua jornada rumo a uma estratégia de marketing de conteúdo consistente e qualificada. Leia agora o artigo 2/6 desta sequência: Etapa de Diagnóstico – Como estruturar uma estratégia de marketing de conteúdo.

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