Existem diversos tipos de pessoas em nossas vidas. Pessoas de contatos rápidos e longos, as que te oferecem colo e cuidado, as que te oferecem as conversas mais profundas, as dos bate-papos descontraídos, as pessoas das festas, as pessoas do barzinho, as pessoas dos museus e teatros, as pessoas das séries compartilhadas, as pessoas das músicas, as pessoas de indicações gerais, as do tipo “enciclopédia”, as do tipo “o que vai ter pra comer”, aquelas que te lembram família, aquelas que são a própria família, aquelas que adoramos ter por perto, aquelas que queremos perto “com moderação”, aquelas com quem discordamos quase sempre, aquelas que nem sabemos dizer.
No trabalho, a mesma coisa. Pessoas que te inspiram, pessoas que te ensinam. Aquela com quem você gostaria de trocar mais ideia, aquela com quem você evita qualquer cruzada de olho. Aquela que não tem nada a ver com você, mas com quem você precisa trabalhar junto. Aquela que é referência no que faz, mas que parece inatingível. Aquela que te irrita, aquela que te motiva.
De alguma forma, essas pessoas vão se encaixando, se moldando nos seus rótulos. Cada uma passa a ter uma utilidade específica e você vai administrando isso. Só que, no meio desse “administrar”, nem percebe a redução que está atribuindo a cada uma delas. Oferece o que há de pior: a sua falta de curiosidade, a sua falta de espaço. Segue em ciclos. Suas verdades distribuídas podem ser bem similares às que te distribuem. Pois a pessoa que é dos “assuntos vagos” para você, é dos assuntos profundos para um outro alguém, e por aí vai… A pessoa que não te acrescenta em nada, pode ser justamente a diferença na vida de outro alguém.
É um movimento natural. Acredito nisso. Não sei o quanto seria possível explorarmos o universo e o intelecto de cada pessoa que passa por nós. É questão de afinidade. E é questão de escolha. Mas não pode ser questão de determinação.
Dizem que a gente atrai pessoas cuja energia se pareça com a nossa. E este deve ser o reconhecimento. Abrace aqueles que naturalmente estão hoje mais presentes na sua vida, mais conectados, por caminhos comuns e escolhas. Mas nunca deixe de encarar cada pessoa como um incrível universo a ser explorado. Você pode não explorá-lo agora, ok. Talvez nem seja interessante para outra pessoa que o explore. Mas permita que a pessoa se manifeste no todo, a seu tempo, do seu modo. Não seja a pessoa que retira esse espaço, que reduz e conclui, que diz que “é” e não que “está”, que supõe e determina.
Quem sabe assim descubra outros universos que queiram conversar com o seu. Mais: quem sabe assim descubra outras portas a serem abertas, novas oportunidades ainda nem previstas.
Pessoas… São com elas que a vida gira… Atente-se!